Quais as soluções para resolver a lotação do Terminal de Integração do Centro?

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Terminal de Integração do centro
Foto: Alexandre Gonçalves/Ônibus Brasil
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Uma reportagem da CBN Diário mostrou as dificuldades dos passageiros no TICEN (Terminal de Integração do Centro) no final da tarde. Os maiores problemas são as filas que se entrelaçam e muita gente não sabe em qual fila está e os ônibus que partem lotados.

Com os ônibus lotados, os passageiros improvisam um lugar pra sentar nos degraus da porta de trás, lamentam o tempo perdido na espera pelo ônibus e ficam revoltados com a falta de fiscalização.

Em razão da repercussão da reportagem, algumas autoridades da capital catarinense se manifestaram para explicar as possíveis razões dos problemas no terminal.

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O secretário de Transportes e Mobilidade Urbana de Florianópolis, Marcelo Silva, explica que “são vários os aspectos. O primeiro é o próprio horário de funcionamento da cidade. Isso é uma coisa que já conversamos no passado. Nós temos que retomar. Conversar com a Câmara de Dirigentes Lojistas, com a Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis, com associação de escolas particulares, com o governo do Estado na área de educação. Porque hoje, todos os desejos de deslocamento estão no mesmo horário. Florianópolis absorve 72% dos postos de trabalho da Região Metropolitana, ou seja, nós temos um número significativo de pessoas que trabalham na Ilha. Hoje, o Terminal de Integração do Centro tem três plataformas com linhas municipais e duas plataformas com linhas intermunicipais. Outra questão é a política equivocada dos últimos anos do Governo Federal que incentivou a compra do carro em detrimento do transporte coletivo. Era muito mais fácil você entrar numa loja de carro sem dinheiro, financiar em 48, 60, 72 vezes. Hoje nós temos uma luta desigual. Temos muito mais carros na cidade do que oferta do transporte coletivo”.

Marcelo Silva explica qual seria a solução:

“A solução para a mobilidade no município de Florianópolis e na Região Metropolitana é o investimento maciço no transporte coletivo. Com um ônibus, eu retiro da rua entre 85 e 100 carros. Temos que investir em corredores exclusivos, melhorar a velocidade comercial dos ônibus. Florianópolis melhorou a informação com seu aplicativoFloripa no Ponto‘. A segurança também melhorou com as câmeras embarcadas. Temos que repensar a política de estacionamento da cidade. Hoje, quer queira ou não, o valor da Zona Azul incentiva as pessoas a utilizarem o estacionamento. Talvez uma tarifa mais alta ou uma maior rotatividade no centro da cidade evitaria este acúmulo de carros nós conseguiríamos reduzir as filas e, por consequência, melhorar a mobilidade. Então são aspectos que vão fazer as pessoas deixarem o carro em casa e começarem a usar o transporte coletivo.”

O secretário de Transportes e Mobilidade Urbana de Florianópolis, Marcelo Silva, também disse que os investimentos no transporte coletivo para os próximos quatro anos ultrapassa os R$ 220 milhões.

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano da Grande Florianópolis também se manifestou:

“O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano da Grande Florianópolis defende que haja ações voltadas à mobilidade urbana com a implantação de corredores de ônibus, o que incentiva o cidadão a tornar-se usuário das linhas de transporte coletivo. Esta definição, acompanhada de obras como o alargamento da Via Expressa e a abertura da terceira faixa da BR-101 no sentido Norte, seguramente farão com que milhares de pessoas que residem nas cidades da Grande Florianópolis possam perceber uma melhoria significativa na mobilidade urbana da região.”

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis também se manifestou:

“A Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis entende que a cidade precisa criar oportunidades para a população permanecer no Centro de Florianópolis. É preciso ter mais espaços públicos com infraestrutura adequada e áreas de convivência, assim como eventos ao ar livre que atraiam atenção e desperte o interesse das pessoas ficarem mais tempo pelas ruas, além de propor alternativas em transportes públicos (a exemplo do marítimo) e faixas e ciclovias que possam receber o público que tem como alternativa o uso de bicicletas ou caminhadas. Com isso, o terminal teria uma redução natural de pessoas no horário de pico. Outro ponto importante que envolve o comércio é a aprovação da Lei Complementar que libera o horário de funcionamento do comércio na Capital sancionada no início deste ano. Sem dúvida é um atrativo e estimula o consumidor de ir às compras após o expediente de trabalho, assim como o empresário tem mais liberdade de expor o estabelecimento à melhor forma de horário de atendimento.”

* Créditos da imagem: Alexandre Gonçalves/Ônibus Brasil

Informações úteis

– Para fazer a consulta dos horários das linhas de ônibus municipais (Alimentadoras, Executivo, Inter-Regional e Inter-Terminal), acesse o site do Consórcio Fênix.

– Para acompanhar onde o ônibus está em tempo real, baixe o aplicativo Floripa no Ponto, disponível para Android e iOS.

– Para consultar os horários das linhas intermunicipais, acesse o site das empresas Biguaçu, Jotur, Estrela e Imperatriz.

– Para informações do Passe Rápido, clique aqui. Para informações do Fácil, clique aqui.

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