Não haverá greve de ônibus em Florianópolis nesta quarta-feira, 8 de junho de 2022. A decisão foi tomada em assembleia realizada pelo Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Passageiros Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis) na noite desta terça, 7 de junho. A categoria estava em campanha salarial.
Informação apurada pelo “ND+” dá conta que 252 trabalhadores aceitaram a proposta das empresas e da Prefeitura de Florianópolis e 169 trabalhadores não aceitaram a proposta.
Os trabalhadores do transporte coletivo devem ter um reajuste de cerca de 15% no vale-alimentação e vale-refeição e aumento dos salários.
Após o término da assembleia, o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, divulgou por meio de suas redes sociais, uma nota sobre o cancelamento da greve. Leia abaixo na íntegra:
“Não haverá greve no transporte público municipal! O transporte coletivo na capital seguirá funcionando normalmente, conforme decidido na assembleia dos trabalhadores na noite desta terça-feira (7).
Após reuniões ao longo da semana com os sindicatos das empresas do transporte público coletivo municipal e dos trabalhadores a Prefeitura se comprometeu em liderar uma comissão para estudar novas funções operacionais no sistema.
Além disso, vamos avaliar a possibilidade de nova sistemática de participação no lucro para os trabalhadores e debater medidas compensatórias dos prejuízos por conta da pandemia da Covid-19.
Nos últimos dias nos dedicamos intensamente ao tema para chegar a um acordo compatível com o pleito dos trabalhadores, as necessidades das empresas e, principalmente, para que nenhum usuário fosse prejudicado com uma possível greve.”
O Sintraturb informou, por meio de sua página no Facebook, alguns destaques da proposta aprovada na assembleia. Leia abaixo na íntegra:
“Na proposta apresentada ontem e aprovada pela maioria da Assembleia, destacamos aqui os principais pontos. Em breve publicaremos uma nota aprofundando com gráficos e tabelas os reflexos em cada faixa salarial.
- Não conseguiram a divisão da categoria, como era o primeiro desejo dos patrões, permanecemos uma só base sem diferenciação entre municipal e intermunicipal, com uma única CCT para reger as condições de trabalho.
- 15% de reposição no salário e tíquete e o compromisso de até novembro apresentar uma maneira de cumprir com os 7,5% restantes para completar a reposição das perdas salarias dos últimos três anos. Esse tema estará na pauta da Comissão constituída entre Poderes Públicos Municipal e Estadual, Sindicato e Empresas conforme o item 4.
- PLR é mantido e será pago em dezembro nos mesmos moldes da atual Convenção Coletiva, todavia a nomenclatura deverá ser alterada por conta das Recuperações Judiciais, uma vez que seis das nove empresas se encontram neste processo.
- Uma Comissão tripartite será constituída com os Poderes Públicos Municipal e Estadual, Sindicato e Empresas para avaliar a situação dos Cobradores e futuros ‘Agentes de Bordo’.
Todas as demais cláusulas estão renovadas.”
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