Motoristas e cobradores de ônibus de Florianópolis adiam decisão sobre greve para quarta-feira, dia 12

Motoristas e cobradores de ônibus de Florianópolis se reuniram na noite desta segunda-feira, dia 10 de junho, com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis em busca de acordo quanto ao reajuste salarial da categoria.

Além desse tema, a extinção da função dos cobradores é outro item da pauta de reivindicações que levou os trabalhadores a decretarem estado de greve na última quinta-feira, dia 6 de junho, válido desde ontem.

Em audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho, conduzida pela procuradora-chefe Cinara Sales Graeff, o Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis) e o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis não conseguiram resolver ainda o impasse, mas afirmam que as negociações avançaram.

Da reunião, e a pedido do Ministério Público do Trabalho, restou que os trabalhadores não farão greve pelo menos até esta quarta-feira, dia 12 de junho, ocasião em que nova assembleia da categoria será realizada.

“Uma nova rodada poderá acontecer amanhã (terça-feira) e, por isso, a Procuradora do Trabalho Cinara Sales Graef solicitou, em nome do Ministério Público, para que o Sindicato evite paralisações até a quarta-feira 12, uma vez que há uma Assembleia convocada para às 09:30 e 15:30 quando será apresentado o resultado da evolução da negociação”, escreveu o sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus em sua página no Facebook.

“Assim, informamos a toda a Categoria que estamos cumprindo a decisão da Assembleia: Já na Sexta (07/07) comunicamos o estado de greve; Hoje negociamos no MPT; Amanhã poderá haver outra negociação no Ministério Público; Em respeito a Procuradora, orientamos atender o pedido dela, no sentido de não paralisarmos até quarta-feira (12/06) quando haverá nossa assembleia”, completa a nota do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus.

Segundo publicação na última sexta-feira, dia 7 de junho, o sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus afirmava que “a posição dos empresários em três rodadas de negociação se resumiu a ‘oferecerem’ zero de reajuste em todas as cláusulas econômicas e cortes de postos de trabalho como único caminho para a campanha salarial deste ano. Isso mobilizou toda a categoria, uma vez que o corte dos cobradores representa dentre outras coisas, a sobrecarga dos motoristas que já vivem uma rotina tensa e estressante. Sem contar com uma precarização da qualidade na prestação de serviços tal como: O aumento do tempo de percurso, no assédio e na segurança”.

Além da extinção da função dos cobradores, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis teria ofertado aumento com base na inflação e R$ 30,00 a mais no vale-alimentação. Segundo o sindicato patronal afirma, o contrato de concessão assinado em 2014 já previa a redução dos cobradores no interior dos ônibus.

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